Tienen más opciones para ofrecer en la mesa que nosotros

A apenas uma semana de ter anunciado um potencial acordo comercial com os Estados Unidos, o presidente Javier Milei voltou a comentar sobre o assunto, respondendo críticas que surgiram a respeito de um suposto “desequilíbrio” nas condições.

Ele destacou que, no comércio, algumas pessoas afirmam que “o grande devora o pequeno”, mencionando a quantidade de produtos que a Argentina exporta em comparação ao que importa. Para Milei, essa visão é distorcida. “A verdade é que a economia deles é muito maior, então eles têm muito mais opções para oferecer do que nós”, explicou o presidente, que assumiu em dezembro de 2023.

Milei classificou o acordo como histórico, lembrando que países que se aliaram aos EUA historicamente conseguiram progredir. Ele também expressou seu desagrado com algumas críticas e disse que é “miserável” menosprezar as ações que seu governo tem tomado. “Algumas pessoas simplesmente não conseguem entender a importância histórica do que estamos fazendo”, completou.

Ele reconheceu que a economia argentina é menor que a americana e que, por isso, o “desequilíbrio” nas relações comerciais não é algo que deva ser visto de forma negativa. “Entendo que isso é difícil para quem não tem formação em economia”, afirmou Milei, direcionando sua crítica à oposição.

Acuerdo con EEUU: los números de la expansión comercial de China en Argentina que mira Donald Trump

O acordo entre Estados Unidos e Argentina não trouxe muitos detalhes ainda, mas a intenção política por trás dele é clara, especialmente em um momento de tensão na economia. A administração de Donald Trump parece estar buscando reafirmar sua presença na América Latina, onde a concorrência com a China se intensifica.

Entre janeiro e setembro de 2025, as exportações argentinas para os EUA tiveram um crescimento de 24%, enquanto as importações aumentaram 8%. Em contraste, as vendas para a China cresceram 30% no mesmo período, mas o destaque ficou para as importações: um salto de 66%, passando de 7,9 bilhões para 13,1 bilhões de dólares. Essa expansão superou o comércio com os Estados Unidos e até mesmo com o Brasil, que é nosso parceiro histórico. Isso significa que a China se consolidou como o segundo maior parceiro comercial da Argentina, deixando os EUA em terceiro lugar.

“O crescimento das relações comerciais com a China certamente influenciou a proposta de acordo por parte dos EUA”, comentou Guillermo Michel, ex-diretor da Receita Federal e deputado eleito, em suas redes sociais.

Os números de CERA e INDEC também confirmam essa tendência bastante positiva: as exportações para a China alcançaram 5,2 bilhões de dólares, com um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior. Já no quesito investimento, a situação é outra. Os EUA dominam a Investimento Estrangeiro Direto (IED) na Argentina, com 17%. A China, por sua vez, ocupa uma posição bem mais baixa, com apenas 2% e focando em setores como agro e mineração.

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