Nuevas películas de Lucrecia Martel y Pablo Trapero en Toronto
Este jueves, e até o dia 14 de setembro, começa o Festival de Toronto (TIFF), um dos eventos mais aguardados do cenário cinematográfico internacional. Desde 1976, esse festival atrai um público diverso, entusiastas do cinema e profissionais da indústria. Ele acontece logo após o Festival de Veneza e se prepara para a sequência do Festival de Nova York, prometendo um calendário repleto de estreias e surpresas.
O TIFF é conhecido por sua programação eclética. Enquanto em Veneza o foco está nas produções mais artísticas e autorais, Toronto brilha por apresentar cerca de cinquenta estreias mundiais, além de filmes que já passaram por outros festivals como o de Berlim e Cannes. Completa o cenário, uma ótima oportunidade para quem perdeu os filmes exibidos na Biennale de Veneza, já que muitos deles são apresentados pela primeira vez no continente americano por aqui.
Um dos destaques do TIFF é o mercado de cinema que se movimenta durante o festival. Embora não tenha o mesmo glamour de Cannes, Toronto se consolidou como um ponto de encontro para distribuidores e agentes de venda. Para o próximo ano, já está prevista a criação de um Mercado de filmes em venda, que promete expandir ainda mais as oportunidades para cineastas e produtores.
Entre as produções que chamam a atenção este ano, está “Nuestra tierra”, um documentário dirigido por Lucrecia Martel. Este filme marca o retorno da diretora após oito anos, desde “Zama”, de 2017. O documentário aborda a vida e a morte do ativista tucumano Daniel Chocobar, apresentando uma narrativa relevante e necessária.
Outro argentino que retorna à direção é Pablo Trapero. Ele fez bastante barulho em 2015, com “El clan”, e agora, sua nova obra, intitulada “& Sons”, será exibida exclusivamente em Toronto, numa surpresa de última hora. Este filme é particularmente interessante porque é o primeiro que Trapero dirige em inglês, contando com atuações de dois grandes nomes da atuação britânica, Bill Nighy e Imelda Staunton.
Para os cinéfilos que sonham com os Oscars, há rumores de que uma lista preliminar de candidatos está se formando. Alguns títulos exibidos em Toronto são candidatos fortes, como “Frankenstein” de Guillermo del Toro, com uma duração intrigante de 150 minutos.
Além disso, “Hamnet”, da diretora Chloé Zhao, vencedora do Oscar por “Nomadland” em 2020, é outra produção que promete causar frisson. O filme aborda a história de Agnes, esposa de William Shakespeare, com o título referindo-se ao nome de um dos filhos do casal. A expectativa é alta, já que a estreia mundial será em Toronto, sem exibições previstas para Veneza ou Nova York.
A presença francesa no festival também será marcante, com filmes que estão fazendo barulho. “The Wizard of the Kremlin” de Olivier Assayas, entre outros, trazem uma reflexão sobre Vladimir Putin. Vale anotar outros títulos de destaque, como “El cautivo” de Alejandro Amenábar, “Franz” de Agnieszka Holland e “Las corrientes”, a mais recente obra de Milagros Mumenthaler.
Assim, a cidade de Toronto se transforma em um verdadeiro reduto de descobertas cinematográficas, repleto de histórias esperando para serem contadas.