Jara y Kast intercambian opiniones sobre Venezuela antes del balotaje
A poucos dias do balotaje presidencial em Chile, que acontece no dia 14 de dezembro, a candidata oficialista Jeannette Jara teve mais um embate com seu rival, o ultradireitista José Antonio Kast. Desta vez, um dos temas quentes foi a abordagem dos Estados Unidos em relação a Venezuela. Jara, que representa a coalizão comunista, criticou duramente as propostas do ex-presidente americano Donald Trump para lidar com a crise no país vizinho, enquanto Kast defendeu as ações do republicano.
Neste primeiro turno, Jara foi eleita com 26,85% dos votos, uma diferença mínima em relação aos 23,92% obtidos por Kast. Para tentar conquistar mais apoio, os dois candidatos já se enfrentaram em dois debates, com um terceiro agendado. A expectativa é que o candidato de direita, que conta com suporte de figuras como Johannes Kaiser e Evelyn Matthei, tenha vantagem nas urnas, especialmente após esses reforços.
A questão da Venezuela foi um dos focos principais do debate. O país tem passado por um aumento de tensões diplomáticas com os Estados Unidos, que já realizaram operações no Caribe, alegando combate ao narcotráfico, resultando na destruição de várias embarcações e um saldo trágico de mortes.
O embate entre Jara e Kast sobre a presença dos EUA na Venezuela
Durante o debate, Jara reconheceu o regime de Nicolás Maduro como uma “ditadura”, mas se opôs a qualquer invasão militar. “A solução que Trump está propondo é muito incorreta, pois viola o direito internacional. Eu não posso apoiar a invasão de um país”, afirmou, deixando claro seu posicionamento.
Ela acrescentou que os planos de Trump, ao invés de trazer paz, só aumentariam o caos. “Anunciar uma invasão militar, ao invés de solucionar a crise, só gerará mais conflitos. É uma lógica que não se pode aceitar”, disse.
Kast, por outro lado, adotou uma postura contrária. Ele citou a frase do escudo chileno: “por la razón o la fuerza” e destacou que milhões de venezuelanos fugiram do que chamou de “narcoditadura”. Kast associou essa migração à violência, afirmando que pessoas armadas de Venezuela têm cometido crimes no Chile.
Ele questionou a presença dos imigrantes no país e suas condições, tornando a migração ilegal um dos pilares de sua campanha. A discussão entre os dois candidatos revela bem as tensões políticas que estão em jogo e como cada um aborda a delicada situação social e econômico da região.