Inteligencia artificial en el trabajo: retos y oportunidades

La inteligencia artificial (IA) ha dejado de ser una curiosidad de laboratorio e se transformou em um verdadeiro fenômeno que toca empresas de todos os tamanhos e setores. O que, há apenas alguns anos, parecia uma promessa distante, agora faz parte da rotina de trabalho de programadores, advogados, profissionais da logística e funcionários administrativos. Porém, é impossível ignorar uma questão importante: como podemos usar o potencial da IA sem perder de vista o valor humano que sustenta as organizações?

Esse cenário de mudança é evidente. Dados de uma pesquisa mostram que 78% das empresas já adotaram ferramentas baseadas em IA. No mundo da programação, cerca de 97% dos programadores já utilizou sistemas de assistência, e 84% planeja usar regularmente. Além disso, mais da metade das pequenas e médias empresas na América Latina já integra a IA em suas operações. Essa transformação é global, mas suas consequências se desenrolam no cotidiano de cada empresa e em cada função de trabalho.

Um desafio cultural, não só técnico

O principal desafio vai muito além da simples implementação de tecnologia; trata-se de gerir uma transformação cultural. A chegada da IA traz entusiasmo, mas também gera insumos como dúvidas sobre a estabilidade dos empregos e o medo de perder a autenticidade. É natural que surjam resistências à mudança nas rotinas de trabalho.

Nesse contexto, o papel da liderança se torna fundamental. Especialistas afirmam que “a transformação digital só será sustentável se colocar as pessoas no centro”. Incorporar a IA não é questão de apertar um botão; é preciso guiar e apoiar as equipes em um processo que envolve aprendizado, adaptação e construção de confiança.

O líder precisa ser mais do que um administrador técnico; deve ser um facilitador. A orientação dele envolve ouvir, contextualizar as mudanças e engajar os colaboradores, permitindo que experimentem, aprendam com os erros e se sintam confortáveis para explorar. A transformação digital será bem-sucedida se for vista como uma oportunidade compartilhada, e não como imposição que afasta o humano.

Programadores: um novo olhar sobre a profissão

Um dos setores mais afetados pela IA é, sem dúvida, a programação. Ferramentas que completam automaticamente códigos, geram testes e documentação estão mudando a dinâmica do desenvolvimento de software. O que isso significa? Que a IA pode superar os humanos em tarefas básicas. No entanto, o verdadeiro diferencial dos programadores é o pensamento crítico e a criatividade.

A demanda por profissionais não diminui; na verdade, o perfil exigido no mercado está mudando. Os desenvolvedores agora precisam ser arquitetos de soluções ao invés de apenas codificadores. O foco está em integrar sistemas inteligentes, levando em conta fatores como escalabilidade, segurança e estratégia. Isso abre novas oportunidades de especialização, até para quem está entrando no mercado. Com a IA como aliada, as barreiras de entrada diminuem.

As 4A da inteligência artificial nas empresas

Um dos diretores de uma empresa de tecnologia simplificou o processo de adoção da IA em quatro etapas: Assistência, Ação, Automação e Autonomia.

  • Assistência: A IA tira dúvidas básicas e melhora a interação com usuários internos e externos.
  • Ação: A tecnologia começa a executar tarefas específicas, como agendar reuniões.
  • Automação: Processos inteiros se tornam automáticos, como gerar resumos de documentos.
  • Autonomia: A IA pode tomar decisões com base em parâmetros definidos, reduzindo a necessidade de supervisão.

Atualmente, muitas empresas argentinas estão transitando entre as etapas de assistência e automação, mas o futuro promete modelos cada vez mais autônomos. O desafio será garantir que esses avanços aconteçam dentro de um marco regulatório adequado, com equipes treinadas e sistemas robustos.

Exemplos práticos: direito e logística

A transformação digital não se restringe à programação. No setor legal, por exemplo, a PwC já observa a mudança com a chegada de agentes de IA especializados que analisam contratos e riscos regulatórios. Um consultor até comentou que isso é “o presente do direito corporativo”.

Na logística, a evolução é similar. Os agentes autônomos já podem “perceber o ambiente, analisar dados e agir de forma independente”. Eles ajudam a otimizar rotas, gerenciar estoques e monitorar frotas em tempo real. O resultado? Menores custos operacionais e clientes mais satisfeitos. Além disso, isso permite que as equipes se concentrem em tarefas mais estratégicas, em vez de ficarem atoladas em tarefas repetitivas.

Reconversão laboral: nova era da empregabilidade

A IA está acelerando uma reconversão laboral que já estava em andamento. Segundo pesquisas, muitos trabalhadores temem que a tecnologia afete sua estabilidade. Porém, a maioria reconhece que as habilidades humanas continuam sendo absolutamente insubstituíveis.

Na verdade, a empregabilidade do futuro dependerá menos de diplomas e mais da capacidade de aprender continuamente e de se adaptar a novos ambientes. Habilidades como comunicação e criatividade se tornam cada vez mais valiosas. Um especialista resumiu a situação dizendo: “A IA não é opcional, é parte do nosso cotidiano laboral. O grande desafio está em garantir que esse aumento de eficiência não se traduza em pressão extra para as pessoas”.

Encaminhando-se para o futuro, são habilidades como o pensamento sistêmico — ver a organização como um todo — e a autoformação que estarão na crista da onda.

A IA: ameaça ou oportunidade?

Os dados falam por si: apenas 13% das empresas admitem que substituíram trabalhadores humanos pela IA, mesmo que muitos especialistas acreditem que certos perfis de emprego serão impactados. Assim como em revoluções anteriores, alguns empregos desaparecerão, mas, simultaneamente, outros surgirão.

O importante agora é como vamos enfrentar essa transição sem aumentar as desigualdades. Algumas empresas destacam que a chave está em equilibrar o que é tecnológico e humanizado. A IA pode automatizar tarefas, mas ainda precisamos das pessoas que criam estratégias e gerenciam relações.

A inteligência artificial já faz parte do nosso presente, transformando setores e redefinindo funções. Mas, longe de eliminar o talento humano, ela tem o potencial de aumentá-lo, liberando tempo e espaço para a criatividade e a inovação. No final das contas, o que vai determinar o futuro do trabalho na Argentina é como as organizações integrarão a tecnologia sem perder aquele toque humano, e como líderes e colaboradores se adaptarão a essa nova realidade.

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