El apoyo de EEUU podría no llegar si regresa el déficit

Giordano destaca que, si Estados Unidos decide retirar seu apoio, a Argentina pode enfrentar uma crise financeira severa. Ele entende que isso seria uma consequência lógica se o país voltar a ter déficits e desorganização macroeconômica. A preocupação é que uma oposição que vença as eleições não foque na responsabilidade fiscal, o que poderia provocar uma mudança na postura do governo norte-americano.

O ministro Luis Caputo anunciou que o governo vai avançar com uma reforma trabalhista. Giordano diz que, embora a criação de empregos registrados seja vital, o foco da Argentina está excessivamente nas questões financeiras, como a dívida e a cotação do dólar. O que realmente precisa ser abordado são problemas estruturais, como a organização do sistema tributário e do mercado de trabalho.

Reforma Trabalhista: Uma Necessidade Estrutural

Giordano acredita que a reforma trabalhista é crucial. Ele menciona que as regras de trabalho da Argentina têm mais de 50 anos e não refletem a realidade atual, o que torna difícil atrair talentos e melhorar a competitividade das empresas. As normas precisam ser atualizadas para criar um ambiente mais propício ao crescimento econômico. Para ele, essa proposta de reforma é extremamente pertinente.

Timing da Anúncio da Reforma

Sobre o momento de anunciar a reforma, Giordano acha positivo que o governo faça isso antes das eleições. Ele lembra que essa discussão já estava prevista no Acta de Mayo, assinada com governadores, que incluía a revisão das normas trabalhistas. O desafio agora é entender exatamente o que se pretende mudar e como isso será feito, para evitar falas vazias.

Negociações Coletivas e Fundamentais para a Reforma

Giordano enfatiza que o verdadeiro desafio que enfrentamos está nas negociações coletivas, que precisam ser modernizadas. A maioria das convenções coletivas é de décadas atrás, o que gera muitas disputas jurídicas. Ele sugere que as pequenas empresas devem ser capazes de se desvincular desses acordos obsoletos e negociar diretamente com os trabalhadores para criar condições que realmente atendam a realidade do mercado de trabalho.

Litígios e Riscos no Trabalho

Outro ponto crucial que Giordano levanta é o aumento de litígios no sistema de riscos do trabalho. Ele argumenta que esses processos crescem mesmo com um sistema que, em tese, deve funcionar bem. O problema está na aplicação judicial, que em algumas jurisdições ignora as normas nacionais, o que distorce os valores e inibe empresas de contratarem com segurança.

A Influência dos EUA e a Estrutura do País

Sobre o apoio dos Estados Unidos, Giordano vê isso como uma oportunidade, mas também como uma advertência. Se a Argentina voltar à bagunça fiscal, esse suporte pode ser retirado. Para ele, a alta vulnerabilidade do país exige mudanças estruturais e um entendimento político mais amplo. Washington quer que a Argentina resolva seus próprios problemas, e isso requer um esforço conjunto, que inclua o governo e a oposição.

Ele conclui que, mais do que anúncios de reformas, é fundamental garantir uma governança que preveja um diálogo aberto e menos confrontos, especialmente ao enfrentar as próximas etapas do governo.

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