Diego Santilli se distancia de comentarios sobre votantes opositores
A pouco menos de uma semana das eleições do dia 26 de outubro, Diego Santilli, candidato a deputado nacional pela Libertad Avanza (LLA), afastou-se das declarações polêmicas de sua companheira de chapa, Karen Reichardt. Recentemente, Reichardt comparou o voto na lista da Fuerza Patria a uma “enfermidade mental”, o que gerou forte repercussão. Em uma entrevista, Santilli declarou: “Me parece desafortunada essa expressão. Não estou de acordo.”
A campanha de LLA ganhou novos contornos por conta dos comentários de Reichardt. Ela sugeriu que deveriam atrair eleitores do PRO e aqueles que não participaram das últimas eleições, mas não os que votam na principal oposição, alegando que “o outro, de verdade, é uma enfermidade mental”.
Diego Santilli distorceu as declarações de Karen Reichardt
Durante uma entrevista em rádio, Santilli foi claro em se distanciar das falas controversas de Reichardt. Ele, que assumiu o primeiro lugar na candidatura apenas 18 dias antes do fim da campanha, buscou dar um novo rumo ao final desse período eleitoral para LLA. “Me resta pouco tempo. O único foco é reduzir a diferença na província para que o presidente tenha uma eleição nacional que nos permita vencer e trazer as reformas que propomos”, destacou.
O candidato de LLA apresentou suas propostas em três pilares: insegurança, reforma fiscal e trabalho. Ele acredita que, com um projeto claro, pode conquistar o apoio dos eleitores, que é fundamental em um momento tão competitivo como o atual.
Recentemente, também comemorou uma decisão da Câmara Nacional Eleitoral que garantiu que os materiais de campanha de LLA exibam sua imagem. “Estou escalando o Himalaya em uma camiseta”, comentou de forma bem-humorada. Quanto ao seu slogan, Santilli brincou: “Sou ruivo, continuo sendo ruivo. Tive que fazer uma campanha estranha.”
As polêmicas declarações de Karen Reichardt
O furor começou quando Reichardt, em uma entrevista, afirmou que o objetivo de sua candidatura era atrair eleitores do PRO e aqueles que se mantiveram fora das últimas eleições. Ela disse: “Porque o outro, de verdade, é uma enfermidade mental”, explicando a dificuldade em convencer os eleitores contrários ao governo.
Quando questionada pelos jornalistas sobre a natureza de suas declarações, se eram apenas diferenças ideológicas, Reichardt aprofundou sua visão, alegando que a questão vai além da política e é “cultural”. Ela se referiu a um “chip cultural” que, segundo ela, molda a forma de pensar de parte do eleitorado opositor.
Além disso, Reichardt já havia enfrentado críticas anteriormente por compartilhar mensagens nas redes sociais com expressões preconceituosas em relação a setores populares.
Após toda a repercussão, ela tentou esclarecer suas palavras, dizendo que quando se referiu a “enfermidade mental”, na verdade, estava aludindo a essa “visão cultural” que, segundo ela, condiciona as percepções de muitos eleitores.