Desmentimos la reducción de fondos universitarios

A apenas uma semana da data marcada para discutir o projeto do Orçamento 2026, a Câmara de Deputados teve uma nova rodada de debates. Os protagonistas dessa vez foram Carlos Torrendell, secretário de Educação, e Alejandro Álvarez, subsecretário de Políticas Universitárias. Eles falaram sobre um dos temas mais polêmicos da proposta: o esquema de fundos educativos que prevê a remoção de artigos importantes para a área, especialmente após o veto do presidente à lei de financiamento universitário.

Um dos pontos que geraram mais preocupações foi o artigo 30, que propõe a derogação de leis que garantem mínimas alocações orçamentárias para educação e ciência. Essa proposta muda diversas normas, incluindo a que fixa um mínimo de 6% de investimento em todos os níveis de ensino, além de eliminar o critério de progressividade para a ciência e tecnologia, que é crucial para a promoção de pesquisas e empregos na área.

Torrendell defendeu essa abordagem, argumentando que gestões anteriores também mantiveram o financiamento abaixo do que a lei estipulava, o que poderia enviar sinais ruins à sociedade. Ele destacou que o que realmente aconteceu foi um ajuste na educação que já tinha ocorrido anteriormente. Ele, inclusive, mencionou que colocar recursos no orçamento educacional não garante que eles sejam usados de forma efetiva no sistema.

Em relação aos fundos para universidades, Álvarez alegou que a afirmação de que houve cortes nos orçamentos é uma farsa. Ele garantiu que todas as universidades estão recebendo o financiamento total para suas atividades. Além disso, mencionou aportes de 1.000 milhões de pesos para quatro universidades criadas recentemente: Delta, Pilar, Río Tercero e Madres de Plaza de Mayo. No entanto, muitos acreditam que esse valor é simbólico, sem condições reais de manter as instituições a longo prazo.

Os deputados, em resposta, ressaltaram a importância do trabalho docente para a sobrevivência das universidades. Para 2026, esperam um aumento nas paritárias de 9,5% em comparação com uma inflação projetada em torno de 10%. Em um contexto mais amplo, um relatório da CONADU apontou que a perda salarial real entre os docentes chegava a 38,7%, enquanto os gastos funcionais caíram 33,4%.

Torrendell mencionou também que, em termos de funcionamento, as universidades têm recebido apoio contínuo. No entanto, Álvarez reafirmou que não há planos de atender as exigências salariais dos sindicatos, priorizando em vez disso o fortalecimento de cursos diretamente ligados à formação de capital humano. Ele mencionou que a administração aprovará projetos de novas engenharias, incluindo áreas estratégicas como petróleo, desenvolvimento de software e inteligência artificial.

Botão Voltar ao topo